domingo, 11 de março de 2012

Efeito sobre as vítimas pode ser devastador

Os efeitos psicológicos do abuso sexual podem ser devastadores e os problemas decorrentes do abuso persistem na vida adulta das vítimas. O desenvolvimento da criança pode ser afetado de diferentes formas, uma vez que algumas apresentam efeitos mínimos ou nenhum efeito aparente, enquanto outras desenvolvem graves problemas emocionais, sociais e até mesmo psiquiátricos.
“A vítima pode desenvolver quadros de depressão, transtornos de ansiedade, alimentares, dissociativos, hiperatividade e déficit de atenção e transtorno de personalidade”, explica a psicóloga Cristiane Toledo Borges.
Quem é abusado sexualmente freqüentemente repete o ciclo de “vitimização”, perpetrando o abuso sexual intergeracional com seus próprios filhos. Nestes casos, estabelece-se um processo defensivo, o qual tende a se perpetuar: a identificação com o agressor como uma maneira psíquica de sobreviver ao abuso.
Os sentimentos de medo, raiva e vergonha da vítima em relação ao perpetrador são comuns, principalmente em casos de abuso sexual intrafamiliar, uma vez que a violência rompe a relação de confiança e o vínculo afetivo. “Com relação à situação abusiva, os estudos apontam que as crianças desenvolvem crenças distorcidas, tais como percepção de que são culpadas pelo ocorrido, de que são ruins e diferentes de outras crianças com a mesma idade, bem como apresentam alterações na percepção quanto à confiança interpessoal”, destacam os pesquisadores da UFRS.
Além de deixar marcas definitivas no desenvolvimento físico e emocional das vítimas, o abuso sexual deve é apontado como um fator predisponente a sintomas posteriores, como fobias, ansiedades e depressão, bem como envolvimento de um transtorno dissociativo de identidade, também conhecido como transtorno de personalidade múltipla com possibilidade de comportamento autodestrutivo e suicida.
Fonte: Manoel Messias, em ’O Sucesso’

Nenhum comentário:

Postar um comentário